Festival de Cinema de Ribeirão das Neves celebra o audiovisual na periferia

A segunda edição do Festival de Cinema de Ribeirão das Neves, que aconteceu de 11 a 17 de agosto, encerrou sua programação com grande sucesso, consolidando a cidade como um importante polo cultural e de produção audiovisual. Com o objetivo de descentralizar a sétima arte, o evento levou uma semana inteira de cultura e aprendizado para diferentes comunidades, alcançando o público em espaços como a Casa Semifusa, o Cine Teatro Popular, o Instituto Origem, a Ocupação Tomás Balduíno e o Parque Ecológico.

Um evento para aprender e se conectar

A programação, totalmente gratuita, foi pensada para engajar a comunidade de diversas formas. As oficinas com profissionais como Lúcio Rocha (edição de vídeo), Amanda Luz (direção de fotografia) e Ana Carolina Soares (realização de curtas-metragens) ofereceram a oportunidade de aprender na prática sobre o universo cinematográfico.

Além das exibições de filmes, as rodas de conversa foram um dos pontos altos do festival, permitindo que o público interagisse diretamente com os realizadores e atores. A participação do ator Cícero Lucas, que interpretou o protagonista em "Marte Um", foi um dos momentos mais aguardados, assim como as conversas com os diretores Gabriel Marcos, Amanda Luz, Eliseu Gomez e o artista Leonardo Snake, que compartilharam suas experiências e visões.

O cinema local em evidência

Um dos grandes destaques do festival foi a valorização da produção local. Filmes como A liga do Atol, “No início do mundo” (Gabriel Marcos) com artista de Ribeirão das Neves, “Lume: Entre ruas e memórias” (Amanda Luz) e Leonardo Snake: pelas ruas da cidade, mostraram a força e a criatividade dos cineastas de Ribeirão das Neves. O festival se tornou uma importante vitrine para esses talentos, oferecendo a eles a oportunidade de exibir suas obras e se conectar com o público e outros profissionais.

A mostra, que incluiu uma diversidade de curtas-metragens, com destaque para a exibição de filmes ao ar livre no Parque Ecológico, também reforçou o compromisso do evento com a descentralização e a democratização do cinema. A iniciativa de levar a cultura para a periferia, fora dos centros tradicionais, foi um sucesso, atraindo centenas de pessoas e provando que o talento e o interesse pela sétima arte estão em todos os lugares.

Com a segunda edição finalizada, o Festival de Cinema de Ribeirão das Neves se estabelece como um evento essencial para a cidade, fortalecendo a cultura local, formando novos públicos e inspirando a próxima geração de cineastas.

De acordo com a produtora executiva do evento, Maria Clara Ribeiro, “O Festival foi um sucesso! Conseguimos favorecer o acesso ao cinema para pessoas que não tem essa oportunidade. Com uma estrutura de qualidade, todos que participaram ficaram muito impactados positivamente. Mostramos que Ribeirão das Neves possui grandes obras do audiovisual e que a população curte a sétima arte”.

O Segundo Festival de Cinema de Ribeirão das Neves é uma produção do Instituto Cultural Semifusa com apoio de 2025 Ano Mineiro das Artes; Secretaria de Cultura e Turismo do Governo do Estado de Minas Gerais; Realizado através de incentivo da Lei Paulo Gustavo; Ministério da Cultura e Governo Federal - União e reconstrução.