O resultado da 8ª Edição foi anunciado durante o show da cantora e
compositora Aline Calixto, no último sábado, dia 03
A noite do último sábado, dia 03 de julho, foi especial. Mesmo sem o calor
humano das edições anteriores, a Grande Final do 8ª Prêmio de Música das
Minas Gerais, esteve memorável com show da cantora e compositora Aline
Calixto, transmitido ao vivo do Teatro Municipal Manuel Franzen de Lima, de
Nova Lima e o anúncio de Tamara Franklin, em primeiro lugar, com a música
“Estrupo”, de sua autoria.
A canção “Meu Jardim”, de Sérgio Pererê de Belo Horizonte, interpretada por
ele e pela cantora Mayí, ficou em 2º lugar e em 3º lugar a música “Noite de
São” de Leo Brasileiro, defendida pelo Grupo Guaimbê de Poços de Caldas. A
final contou com reapresentação das 12 finalistas, que estarão no CD online do
festival. Além de prêmio em dinheiro, os vencedores ganharam um contrato
com a iMusica para distribuição das canções na Claro Música. Os 60
classificados, entre os mais de 800 inscritos este ano, também poderão ser
ouvidos na plataforma de streaming da Claro.
A vencedora desta edição é a rapper mineira Tamara Franklin. Ela nasceu e
cresceu em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Tem 16 anos de carreira e dois alguns solos, “Anonima” e “Fugio”. Tamara
agradeceu o reconhecimento ao seu trabalho e disse que ter uma composição
que fala da condição do negro no Brasil e no mundo e as múltiplas violações de
direitos, é uma imensa esperança. “Receber a notícia no dia 03 de julho, dia do
combate à discriminação racial, e saber que a minha música foi eleita pelos
jurados a melhor composição do Estado, é uma certeza de que os olhares e
posicionamentos estão se propondo a mudar”, comemora.
O Diretor da Regional da Claro em Minas Gerais, Carlos Vale, que estava entre
os sete jurados da final, também falou da vitória de Tamara. “A letra traz uma
realidade que nos atropela, e sem sobra de dúvidas foi a melhor escolha”.
Ainda no júri, Emilio Pieroni e Guilherme Castro, curadores do Prêmio desde a
primeira edição, Maurício Ganguçu Pereira, Subsecretário de Estado de
Cultura de Minas Gerais, Vivi Seabra, Gerente de Marketing da Regional da
Claro em Minas Gerais, Leonardo Ângelo Ribeiro Costa, Secretário de Cultura
e Turismo de Nova Lima e Ulisses Gasparini, diretor da iMusica.
A edição deste ano celebrou a música mineira e seus talentosos compositores
em apresentações online, o que possibilitou ao público conhecer o trabalho
autoral dos artistas classificados. “Um mês inteiro de lives, que promoveram
integração entre os músicos, público e todos os envolvidos. Uma festa linda
que preencheu o coração neste momento tão duro e cumpriu com os objetivos
do festival”, afirma Henrique Cunha, coordenação de comunicação do Prêmio.
A Grande Final do Prêmio de Música das Minas Gerais também foi transmitida
ao vivo na Claro TV no canal 500 e pode ser revista no canal do Prêmio no
YouTube – www.youtube.com/premiodemusicaminas
O Prêmio de Música das Minas Gerais é realizado através da Lei Estadual de
Incentivo à Cultura de Minas Gerais, com o patrocínio da Claro, apoio
institucional iMusica e Claro Música, apoio da Apoio 7Meio Filmes, Prefeitura
de Nova Lima, Rádio 98 FM BH, Rádio Cidade Juiz de Fora. Gestão da Espaço
Ampliar, Nossa Senhora das Produções e Nossa Produtora, produção Trium
Brasil e FEH e realização Governo de Minas Gerais, Governo diferente, Estado
eficiente.
Sobre os vencedores:
Tamara Franklin
Dona de uma voz marcante, personalidade forte e um talento diferenciado,
Tamara Franklin nasceu e cresceu em Ribeirão das Neves - região
metropolitana de Belo Horizonte - onde, aos oito anos de idade, escrevia seus
primeiros versos. Tamara Franklin é prova da força das mulheres na cena do
rap em Minas. Usando a música como instrumento de transformação social, a
artista expõe o machismo e o racismo em suas letras com ironia e inteligência.
Sérgio Pererê
Sérgio Pererê é cantor, compositor, multi-instrumentista, ator e produtor
musical. Seu trabalho autoral é reconhecido pelo diálogo que estabelece entre
a tradição e a experimentação, pela profusão de sonoridades – com destaque
para as referências afro-latinas –, e pelo timbre peculiar de sua voz. Sua poesia
sofisticada entrelaça temas cotidianos a enunciados metafísicos e elementos
do sagrado de matriz africana, como o culto à ancestralidade e aos orixás. Já
se apresentou em várias regiões do Brasil e em países como Canadá, Áustria,
Espanha, Moçambique, China e Argentina. Em sua discografia, as referências
afro-mineiras encontram-se de forma mais inovadora com vertentes da
contemporaneidade. Faz parte desse trabalho nove discos autorais: Linha de
Estrelas (2005), Labidumba (2008), Alma Grande, Ao Vivo (2010), Serafim
(2011), Famalé (2014), Viamão (2016), Cada Um (2018), Coração de Marujo
(2020), Canções de bolso (2020), Cada Um ao vivo (2020). Além do álbum de
intérprete Revivências (2020).
Grupo Guaimbê, Leo Brasileiro
Criado no início de 2021, o Guaimbê surge da reunião de artistas da cena
musical de Poços de Caldas para produção de ‘live’ para o Prêmio de Música
das Minas Gerais.
Integrado por Aluísio Cavalcante (voz), Rodrigo Mendonça (flauta), Flávio
Danza (violão 7 cordas) e Leo Brasileiro (percussão), o grupo experimenta
cores e sabores bem brasileiros em seus arranjos.
Leo Brasileiro atuou como baixista da banda Tagua entre 2005 e 2008, em
Salvador - BA. Em 2010 se muda para Poços de Caldas – MG, onde atuou e
vem atuando como percussionista de grupos como Quarteto di Minuto’,
Rasgacero, Araçá Quarteto, Sorongaio, Samambaia e Guaimbê.
Foto: Divulgação
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