Bolsa Pampulha aceita inscrições da RMBH
Programa de residência artística do Museu de Arte da Pampulha (MAP) amplia segmentos artísticos, cresce número de bolsistas de 10 para 16 e expande-se para outras áreas da cidade
A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Viaduto das Artes, lança a 8ª edição do Bolsa Pampulha, programa do Museu de Arte da Pampulha - MAP. Uma das mais importantes iniciativas que envolvem residência artística e estímulo à produção de artes visuais no cenário brasileiro, o mecanismo de fomento apresenta novidades nesta edição. Entre elas, amplia sua atuação e passa a abarcar os segmentos de design, arquitetura e arte-educação, além de artes visuais, o que irá aumentar o número de bolsas, passando de 10 para 16 selecionados. Também cria um recorte territorial, de forma a atender exclusivamente artistas, designers, arquitetos, educadores, entre outros, residentes em Belo Horizonte ou na região metropolitana da capital mineira, integrando os esforços da Prefeitura em apoiar o setor cultural da cidade que foi fortemente impactado pela pandemia de covid-19. As inscrições podem ser feitas até dia 23 de fevereiro pelo site pbh.gov.br/bolsapampulha.
O Bolsa Pampulha será realizado ao longo de seis meses, quando diversas atividades serão promovidas como parte integrante do programa, que tem início com a seleção dos bolsistas e prossegue com o período de residências artísticas. Também estão previstos encontros mensais, debates, oficinas, palestras - todas abertas ao público em geral, de forma presencial ou virtual -, além de uma mostra de encerramento e publicação de catálogo, ambos com as obras dos bolsistas contemplados. Todas essas atividades seguirão os protocolos sanitários vigentes de combate e prevenção ao contágio pela covid-19.
As mudanças nesta edição do Bolsa Pampulha visam atender às demandas da comunidade artística e ampliar o fomento às artes e cultura, conforme ressalta a secretária municipal de cultura e presidenta interina da Fundação Municipal de Cultura, Fabíola Moulin. “Conseguimos aumentar o número de bolsistas e abraçar novos segmentos, dialogando com pesquisas dos campos do design, arquitetura e arte-educação, em interseção com as artes visuais. Desse modo, trazemos maior amplitude ao Bolsa Pampulha, iniciativa que reforça o Museu de Arte da Pampulha como um dos mais importantes expoentes das artes visuais em Minas Gerais e no Brasil”, diz.
Novidades
Descentralizar o fomento às artes visuais é uma das propostas da edição que se inicia. A partir desse objetivo, a parceria com o Viaduto das Artes irá amplificar esse caráter de democratização artística. Como o Museu de Arte da Pampulha (MAP) encontra-se com o edifício sede em período de preparação para obras de restauro, as atividades presenciais, bem como as residências artísticas, serão realizadas no Viaduto das Artes, situado no Barreiro, onde irá funcionar o ateliê coletivo. Desta forma, o programa confirma sua expansão pela cidade e mantém a sede do MAP como importante ponto de diálogo e convergência.
A ampliação do programa para os campos do design, arquitetura e arte-educação visa observar outras formas de pesquisa e produção, que dialogam com a arte e a cultura visual. Os novos segmentos irão amplificar a transversalidade e dinamismo do projeto, características importantes para as artes contemporâneas. Cada uma das 16 bolsas, sejam elas individuais ou coletivas, tem o valor mensal de R$ 2 mil, acrescida de verba de R$5 mil para cada bolsista, disponibilizada para despesas com a apresentação final do resultado da residência.
Enquanto edição realizada durante a pandemia de covid-19, o 8º Bolsa Pampulha compreende seu compromisso com a comunidade local e, por isso, cria um recorte territorial nesta edição. Desse modo, o programa estará voltado exclusivamente à participação de artistas e pesquisadores residentes em Belo Horizonte ou em alguma das outras 33 cidades da região metropolitana da capital. “Com essa medida, reafirmamos nosso compromisso com o setor cultural de Belo Horizonte, assim como viemos fazendo desde o início da pandemia, garantindo um recorte ainda mais direcionado das nossas políticas públicas para fomentar os artistas e profissionais dos bastidores da nossa cidade, que foram gravemente afetados pela pandemia de covid-19”, explica Fabíola Moulin.
Outra novidade é a ampliação da faixa etária dos inscritos. A edição atual do Bolsa Pampulha passa a aceitar proponentes sem limite de idade máxima, entendendo que não existe um momento específico para começar uma pesquisa artística cultural. A única obrigatoriedade é ter mais de 18 anos.
Descentralização e território
Para fortalecer a compreensão da cidade expandida, as residências artísticas desta edição do Bolsa Pampulha se configuram como intercâmbio cultural em contato constante com o territ